AGORA COMES O CADÁVER QUE DEIXASTE!!!
Cheio de moscas
Apodrece à medida que o tempo passa
Cheio de cicatrizes
Face irreconhecível
Assim jaz o cadáver que deixaste
Olhos negros como a noite
sem vida e sem cor
Com os órgãos internos decrépitos
É o cadáver que deixaste
Olhas para ele, veneras-lo
Adoras-lo, dá-te tusa
Parece fiel à vida, mas não
O cadáver está inerte.
Não te apercebes
Porque não vês os vermes
(Não sentes o cheiro a podre?)
E comes-lo.
Como um necrófilo maníaco
Comes o cadáver que deixaste
Para ti ele tem vida
No teu querer doentio ele existe e mexe-se.
Na tua imaginação macabra
Na tua fome desmedida
Ele dança com a vitalidade de outrora
Na tua fantasia
Mas estás apenas a comer o cadáver que deixaste...
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