Percorro a via errada
Como se tivesse sido obrigada
A desviar o meu caminho
Pois a estrada que pretendia
Foi amavelmente cortada
Por outro alguém que não eu
Vivo num estado onírico
Não estou bem, nem estou mal
Não estou coisa nenhuma
Porque sou de ninguém
Orgulho-me de ser só minha
Neste egoísmo niilista em que mergulhei
Onde saber nadar não adianta
Pois ninguém me ensinou a contrariar o Destino
Por ser a besta de ninguém
Acabarei sozinha
Sozinha e livre
Com aquela liberdade que a nada sabe
E que no entanto é gozada
Porque é minha e não a partilho
Sou de ninguém
Soa quase como uma sentença
Ninguém me possui
E eu! Que sempre fui propriedade privada de outrém...
...vejo-me agora livre
Sou de ninguém
E tenho sequelas
Aquelas que não me permitem amar
Sou de ninguém
Porque já ninguém me prende
Os corações alheios
Finam em mim
Porque eu... eu sou de ninguém
Nasci selvagem...
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
No comments:
Post a Comment