Dúvida solitária

Como tu próprio disseste:
"Às vezes podemos tornar os nossos sonhos realidade!"

Outras vezes podemos simplesmente ser umas bestas insensíveis e destruir tudo de bom que há à nossa volta!
E eu faço-o orgulhosamente e com um sorriso nos lábios...

Como esperas tu que acredite em ti, quando não mexes uma única palha para que eu possa fazer?

Peço perdão, mas não vivo de beijinhos de cinco minutos, nem de mensagens piedosas e muito menos de amores semanais.

Só me resta um dúvida por esclarecer: porque raio fingiste tu haver espaço para mim na tua vida, quando na tua vida não há espaço nem para um hamster?
Eu já sabia que não havia espaço, não julgues que me ludibriaste. Gostava só de saber o porquê da tua actuação em contrário.
Porque se fizeres um inventário dos momentos, reparas que não ganhaste mais por isso.

Só não queria que virasses mais um número.
Mas ao que parece, isso já não depende mais da minha vontade.

E não penses que partiste o coração...
Porque ninguém pode partir o que já há muito tempo está partido.
Apenas te dei o condão de mo arranjares.
E nem nisso te mostraste interessado.

Esta é aquela parte que eu viro costas.
Mas a ti eu abro excepção...
Porque achei que valias a pena.
Sim, isso mesmo! Achei. Porque as pessoas acham que outras têm determinado valor, embora na maioria das vezes acabem invariavelmente por mostrar não o ter.

E como te referi, só me sobra uma questão... uma dúvida solitária! Porquê fingires, quando te dei a oportunidade de não o fazeres?
E ao contrário daquilo que dizes... são muito raras as pessoas que dão estas abébias!

"I walk a lonely road, the only one that I have ever known..."